A TERCEIRA MARGEM DO PRATA: DESCONTINUIDADES E TRAVESSIAS NA TOPOGRAFIA DA EXCLUSÃO NA INTEGRAÇÃO DO CONE SUL

Autores

  • Diego Santos Vieira de Jesus

Resumo

O objetivo é examinar a permanência de estruturas logocêntricas e de formas dicotômicas de pensar que
marcam a linguagem e o pensamento dos parceiros no processo de integração do Mercosul nos seus 20
anos. A partir da desestabilização do caráter essencial das oposições binárias e das categorias mutuamente
constitutivas entre identidade e diferença, o argumento central sinaliza que, mesmo havendo espaço
para o compartilhamento de alguns valores comuns entre os membros do Mercosul e para a mediação
com a diferença, continuam operando na relação entre os participantes do bloco aparatos de exclusão
em circunstâncias espaço-temporalmente específicas, funcionando como um obstáculo crucial ao
desenvolvimento de uma identidade mercosulina que reconheça efetivamente a riqueza da diferença
entre os membros, seja compatível com as experiências comuns compartilhadas por eles e transcenda as
normas, as regras e os princípios de coexistência previstos no Tratado de Assunção e seus protocolos. Tais
mecanismos de exclusão reforçaram a hierarquização espaço-temporal, a partir da qual se tem a concepção
da diferença como anomalia ou atraso em termos de seu afastamento dos modelos de desenvolvimento

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Publicado

2015-08-19

Como Citar

de Jesus, D. S. V. (2015). A TERCEIRA MARGEM DO PRATA: DESCONTINUIDADES E TRAVESSIAS NA TOPOGRAFIA DA EXCLUSÃO NA INTEGRAÇÃO DO CONE SUL. SÉCULO XXI: Revista De Relações Internacionais - ESPM, 2(1), 11–29. Recuperado de https://sumario-periodicos.espm.br/xxi/article/view/16